Como a quarentena mudou a necessidade do mundo

por | 18, jul 2020 | Saúde | 0 Comentários

A quarentena fragilizou as relações sociais, nossa visão de mundo e, principalmente, a maneira como classificamos nossas necessidades.

A Teoria da hierarquia das necessidades de Maslow, criada por Abraham Maslow, utiliza uma pirâmide para demonstrar a ordem de prioridade das necessidades humanas.

Da base ao pico, as prioridades partem de fisiológicas, de segurança, sociais, e estima até o topo, que é a realização pessoal, sendo impossível ser completamente saciado, pois a cada vez que uma meta é alcançada, outra, maior ainda, é exposta.

No entanto, uma pesquisa realizada pela Insights & Analytics Integrated Brasil do Google, sugere que as necessidades mudaram com o início da pandemia.

Caso você tenha interesse em conhecer sobre as alterações da pirâmide e suas novas classificações, continue lendo o artigo.

Nova classificação baseada na pandemia do coronavírus

Nesse novo cenário, os seres humanos, ou seja, os consumidores, têm tido a tendência a voltar para as necessidades mais básicas.

Isso significa que, durante a quarentena, as preocupações relacionadas a alimentação, abrigo, emprego, saúde, entre outras, têm se sobressaído a desejos mais “supérfluos”, como grandes aquisições (imóveis, automóveis), festas e viagens.

Desse modo, uma nova ordem para a pirâmide surgiu, observe: 

  • Necessidades Funcionais: principalmente, relacionadas às finanças e segurança, além de possibilidade e eficiência para resolver a parte burocrática online para evitar aglomerações
  • Necessidades Emocionais: saúde física, mental e emocional, maneiras de entretenimento visando distração ainda em tempos de pandemia, relações e desejos.
  • Necessidades Aspiracionais: relacionada as conquistas, sonhos e identidade. 
  • Necessidades Sociais: crescimento dos limites pessoais

As duas etapas propostas pela nova classificação da pirâmide de Maslow

A primeira onda e a segunda estão relacionadas com o comportamento dos indivíduos na quarentena.

Na 1ª onda os indivíduos estão diretamente impactos pela pandemia. No ambiente prevalece sentimentos de medo e insegurança.

Nesse sentido, essa é a fase de maior busca de informações sobre o coronavírus (formas de contaminação e prevenção, medicamento possíveis, entre outros), além dos seus impactos negativos para a sociedade.

Desse modo, as necessidades emocionais, aspiracionais e sociais perdem um pouco a importância nesse cenário, uma vez que a capacidade de sobrevivência pode estar risco.

Nessa etapa, o individualismo e a proteção das pessoas mais próximas acabam prevalecendo, enquanto sonhos e desejos ficam para segundo plano.

Inclusive, por conta do distanciamento social, pode-se observar que as necessidades emocionais, de contato e afeto são prejudicadas.

Já na 2ª onda, os indivíduos procuram formas de viver com a pandemia em andamento, reconhecendo que ainda não é possível estipular um prazo para seu fim e, também, aceitando que os impactos serão grandes e duradouros.

Esses impactos da pandemia podem ser sentidos em vários âmbitos, como na saúde, economia e educação. 

Enquanto vários sistemas entram em colapso, em outros são expostos os problemas antigos que os cidadãos não sabiam.

No caso da 2ª onda, as necessidades funcionais precisam, urgentemente, serem supridas junto com o apoio emocional, uma vez que o isolamento social afeta o planejamento do futuro, tornando as pessoas apáticas em relações pessoais e profissionais.

Conclusão

Portanto, ainda que a quarentena tenha promovido o achatamento da pirâmide de Maslow por uma perspectiva incerta (na primeira onda) e duradoura (na segunda onda), é preciso buscar maneiras de continuar se estimulando.

Seja em relação ao planejamento de suas aspirações e seus sonhos, seja para o desenvolvimento pessoal como a utilização de ferramentas online para aprimoramento de talentos ou novas descobertas profissionais.

Só assim a sensação de medo será diminuída e, com as devidas medidas de prevenção, ainda poderemos viver. O Coronavírus pode ter mudado a forma como vivemos nossa vida, mas não é capaz de mudar nossa essência. 

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