Como as práticas parentais precisam estar aliadas com as necessidades emocionais de uma criança ou adolescente?

por | 5, out 2020 | Desenvolvimento Pessoal | 0 Comentários

Engana-se profundamente quem defende aquele tipo de pensamento de que crianças e adolescentes não podem ter problemas, porque são jovens demais. A verdade é que as necessidades emocionais existem, independentemente da fase da vida. 

Nesse parâmetro, o doutor Jeffrey Young afirma a presença de cinco tarefas primárias, sendo elas a conexão e aceitação, autonomia e desempenho, limites realistas, auto orientação e auto expressão, espontaneidade e prazer.

Ainda diz que o ambiente social e parental que as crianças e os adolescentes estão inseridos influencia significativamente no desenvolvimento de todas essas cinco áreas. 

A teoria dele é que quando as necessidades emocionais não são supridas, pode ocorrer o que ele denomina de “Esquemas Iniciais Desadaptativos”.

Segundo o mesmo, esses esquemas são padrões emocionais e cognitivos responsáveis pela criação da personalidade, como crenças e sentimentos. 

Sendo assim, a carência em cada uma das tarefas primárias, pode gerar uma consequência diferente, por isso é importante ficar atento.

Os pais, muitas vezes, não entendem muito bem sobre qual é o seu papel no desenvolvimento emocional dos seus filhos, porque consideram que eles não podem ajudar nessa circunstância, mas não é verdade.

Continue lendo o artigo para compreender melhor sobre o tema.

Consequência da carência afetiva

Todo ser humano, de modo geral, necessita de afeto, carinho, amor e cuidado. Porém, as crianças e os adolescentes que estão em processo de formação como indivíduos, precisam ainda mais.

Nesse cenário, a carência afetiva é definida como a privação do amor, carinho, e cuidado, principalmente, quando relacionado ao pai e a mãe.

Isso pode ser manifestado por meio da ausência física dos pais, maltrato, negligência, rejeição ou abandono.

Até casos de desintegração da família, causado pelo divórcio ou longos períodos sem ver, pode gerar esse sentimento na criança e no adolescente.

Quando isso acontece, há o desenvolvimento de uma privação de relacionamento, que afeta a maturidade cognitiva, física, emocional e social, podendo, inclusive, causar distúrbios do comportamento.

Dessa forma, as consequências da carência afetiva são sentidas em várias áreas. 

Crianças mais jovens podem apresentar distúrbio de linguagem e aprendizagem, possuem um comportamento não muito carinhoso, baixo rendimento escolar e pouca habilidade social. 

Já os adolescentes em situação de privação emocional são altamente irritáveis, mais evasivos, tem muitas inseguranças em seus relacionamentos e grande tendência ao desenvolvimento de transtornos depressivos e/ou fobias.

Assim, o vínculo parental e, consequentemente, uma relação familiar saudável é imprescindível para que as crianças e os adolescentes possam suprir as necessidades emocionais.

Como ajudar seu filho a se desenvolver ou amadurecer emocionalmente

  • Crie uma conexão com seu filho, mostre que ele pode confiar em você para te contar o que for. 
  • Preste atenção no que ele diz. Pais que são mais ausentes por conta do trabalho, tendem a se mostrar menos solícitos quando chegam em casa porque estão cansados. 

Busque um momento diário para a conversa em família, nem que seja durante as refeições.

  • Ajude o seu filho a identificar e não reprimir suas emoções. É importante que você o estimule a falar sobre as necessidades emocionais dele.
  • Permita que ele tome as próprias decisões e mostre seu apoio. É muito difícil para alguns pais aceitarem que os filhos têm opiniões pessoais e que fazem suas escolhas baseadas nela.

Lembre-se que você criou o seu filho para o mundo, não pode protege-lo de tudo. Se ele tiver que errar, deixe-o, porque ele irá aprender com os erros que cometer.

  • Acompanhe a resolução dos problemas do seu filho. Esteja presente, incite-o a desabafar, se interesse para saber o que está acontecendo.
  • Seja um estimulador dos sonhos dele. Alegre-se pelas pequenas vitórias e não permita que ele desista dos seus objetivos.

Conclusão

Logo, fica evidente, que os pais devem estar bem conscientes da importância de seu papel formador e do suporte que eles têm que fornecer aos seus filhos.Não basta apenas garantir que as crianças e os adolescentes crescem para se tornar bons cidadãos, mas também precisam ter as necessidades emocionais atendidas para uma vida próspera.

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