Imagina que estás numa das pausas do trabalho e alguém te faz uma pergunta assim. O que farias se tivesses apenas mais seis meses de vida? O mais provável é não sabermos responder e até pensarmos que o nosso colega de trabalho é louco e até um pouco agoireiro. Porque carga de água eu iria ter só mais seis meses de vida?
Normalmente nós não pensamos nisso, exceto se tivermos alguma doença terminal ou já certa idade avançada. Quando somos jovens, estamos bem de saúde, não pensamos na vida que ainda temos pela frente. E quem o faz, às vezes é visto como estranho ou pessimista. Na nossa sociedade, parece que pensar na morte é só para as pessoas mais idosas, doentes ou depressivas.
Mas o que é certo, é que ninguém de nós sabe se o que lhe resta de vida são apenas esses seis meses. Para sermos ainda mais drásticos, poderíamos até dizer que não sabemos se nos restam apenas as próximas seis horas. Como gostaríamos de as passar? A aturar um chefe que não nos respeita nem valoriza por um ordenado com o que quase nem sequer chegamos a fim do mês? A chegar cansados e tarde a casa, depois do stress do trânsito, sem vontade para as tarefas domésticas? A alimentar-nos mal, por preguiça de cozinhar uma refeição saudável? A gritar com os nossos filhos porque nos falta a vontade ou a paciência?
Se só tivermos mais 6 meses pela frente, que sonhos gostaríamos de atingir? Que países visitar? Que coisas ainda não fizemos? Tocar um instrumento? Dar a volta ao mundo? Aprender uma nova língua? Ou simplesmente dizer “amo-te” ou “desculpa” aos nossos seres queridos… A nossa vida pode ter apenas mais seis horas, seis dias, seis meses ou seis anos… Não sabemos, e na verdade, pouco importa se vivemos cada dia alinhado com os nossos valores, com o nosso propósito de vida.
E como se faz isso? Talvez essa pergunta seja ainda mais importante do que o que farias se tivesses apenas mais seis meses de vida. Como gostarias de viver o teu dia se fosse o último? Qual é o valor principal que deveria comandar a tua vida e que neste momento não estás a cumprir por achar que amanhã terás tempo? Infeliz ou felizmente, não somos eternos… e esses seis meses, poderão apenas ser apenas os seis segundos que demoras a terminar de ler estas palavras.
Pensa nisso.
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